Inserindo Pão francês (e outros carbos) no dia a dia sem atrapalhar a sua dieta!
Vejo que, cada vez mais, estamos perdendo a “individualidade alimentar”. Talvez por um medo misturado à falta de conhecimento, as pessoas acabam se prendendo aos “alimentos seguros”. Digo isso principalmente quando o assunto é carboidrato! Há uma enorme restrição e parece que os únicos carboidratos permitidos no mundo são: a batata doce, o aipim, o inhame e a aveia!
Acho que há aí uma enorme confusão! Quando dizemos que o índice glicêmico do carboidrato e a manutenção da glicemia estável são fatores fundamentais para a perda de peso (e gordura) não queremos dizer que só podemos comer esses carboidratos para o resto da vida.
Acredito que hábitos alimentares devem ser respeitados para que um programa nutricional funcione e seja viável de ser seguido! É ai que está a mágica! Devemos mudar hábitos alimentares, mas respeitando o gosto e a individualidade de cada um.
Neste cenário é de extrema importância o conhecimento da bioquímica… Saber realmente as reações que ocorrem em nosso organismo nos abre um leque bem maior de opções para trabalhar incluindo, algumas vezes, alimentos de médio e alto índice glicêmico (aqueles que o paciente adora) sem que o resultado seja colocado em risco!
A exemplo do titulo desse texto, conheço muita gente que não gosta de pão integral e me implora para não deixar o pão francês totalmente fora do cardápio. Eu não preciso retirar, basta negociar o momento que este poderia entrar no programa sem atrapalhar a minha programação.
É possível (tanto para ele quando para os outros carboidratos de alto índice glicêmico)! Basta negociarmos para que o horário da ingesta seja durante o período de recuperação de uma atividade física, por exemplo. Neste momento, se a atividade foi bem feita, podemos, sim, usar um carboidrato de índice glicêmico mais alto para recuperar o estoque de glicogênio muscular. Só não dá para ser com manteiga, rs, uma vez que a gordura neste momento não será bem vinda e prejudicaria esse processo de recuperação. Alguma boa fonte proteica também deve estar presente.
Usei o exemplo do pão, pois é um alimento bastante presente no hábito alimentar do brasileiro, mas poderia citar vários outros carboidratos (cereal de milho, tapioca, alguns sucos, batata inglesa, macarrão). Conhecendo o funcionamento do metabolismo como um todo, não precisamos ficar escravos de “alimentos da moda”. Podemos consumir o que gostamos desde que no momento certo e com a combinação certa!
Não adianta comer só batata doce! A ciência é muito mais do que isso… E aí é que está todo o seu encanto! O índice glicêmico do alimento é super importante para a perda de gordura (sem dúvidas!), mas isso não significa ficar limitado e só poder ingerir esse tipo de alimento! Diversifique-se (com responsabilidade)! rs
De Julia Engel Para Papo Gula