Conexão Cérebro – Intestino – Lombar

- POR Maria Rocha

O texto de hoje é da nossa nova colunista, a Dra. Izabelle Defaveri. A Iza é minha Fisioterapeuta, Osteopata e vai contribuir com muitas curiosidades em relação ao corpo e esporte. Hoje, ela fala sobre a conexão entre o cérebro, o intestino e a lombar. Vale a leitura!

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Espero que gostem.

Beijos,

Maria

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Você sabia que o intestino tem neurônios e aloja trilhões de bactérias, boa parte delas envolvida em processos cruciais ao organismo? E você pensando que ele era um longo tubo por onde a comida passa, nutrientes são absorvidos e o que não é aproveitado vira cocô.

Neurônios lá no abdômen? Sim, as mesmas células que constituem o cérebro. O intestino tem cerca de 500 milhões delas, menos que a massa cinzenta, que tem bilhões, mas o suficiente para formar um sistema nervoso próprio, responsável por coordenar tarefas como: liberação de substâncias digestivas e movimentos que estimulam o bolo fecal a ir embora.

Esses circuitos operam sozinhos, ou seja, independem do comando cerebral (segundo cérebro). Os neurônios intestinais chamam a atenção também pela sua farta produção de serotonina, molécula que nos leva ao estado de bem-estar – 90% da serotonina descarregada pelo corpo é fabricada ali. Esse neurotransmissor é importante porque garante o funcionamento adequado do órgão.

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A comunicação eficiente entre o intestino e o cérebro acontece diretamente por meio do nervo vago (NC X), estrutura que passa pelo tórax e liga o sistema gastrointestinal à cabeça. O nervo vago é uma via de mão dupla: assim como o abdômen manda mensagens para a massa cinzenta, o inverso também ocorre. É por isso que, diante de uma situação de estresse, podemos sentir frio na barriga ou vontade de ir ao banheiro.

Sabia que o intestino quando não tem uma boa função pode estar relacionado ao aparecimento de dores lombares?!

Um bom intestino pode ser reconhecido pela característica das fezes, que devem ser:
– cilíndricas e firmes, porém macias;
– “encorpadas”;
– cor: varia de marrom a marrom claro;
– cheiro característico, porém não é fétido;
– devem sair sem sacrifício;
– a frequência de evacuação é diária;

Se o seu caso NÃO é esse, podemos dizer que existe uma desordem funcional do seu intestino, ou seja, a função intestinal está prejudicada. Dentre os fatores que desequilibram o intestino podemos pensar em:

  • Alimentação inadequada;
  • Hidratação inadequada;
  • Mau funcionamento do sistema nervoso autônomo;
  • Tensões nas paredes intestinais;
  • Tensões nas estruturas que conduzem os vasos sanguíneos e nervos relacionados ao intestino;

Fatores comportamentais em relação ao ato de defecar (muito comum em mulheres). Levando em conta a localização anatômica do intestino e sua inervação, nós conseguimos entender como o seu mau funcionamento afeta a região lombar. Seja por mensagens neurais que perturbam um segmento da coluna e com isso pode gerar alteração muscular e dores referidas, por exemplo, e/ou também por esforços que nosso corpo faz para mudar a “postura” e acomodar melhor o intestino para que sua função melhore, pois é um órgão muito importante e, a partir disso, gera desequilíbrios no sistema músculo esquelético e dores como sintomas.

O intestino é inervado por nervos que partem da região lombar (simpático – gânglio mesentérico inferior e parassimpático – vagal e sacral). Por isso, os problemas intestinais referem dores lombares e é muito comum irradiar dores nos membros inferiores, causando falsas ciáticas.

Tipos de dor: Dor contínua que agrava com a constipação intestinal e em determinados momentos do dia. Alivia ao evacuar. Os sintomas intestinais geralmente estão associados como dores abdominais, gases, constipação, diarréia.

A osteopatia pode te ajuda a tratar de forma terapêutica e preventiva!
Se informe mais e se cuide preventivamente!

 

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Att.,

Drª Izabelle Defaveri
@izabelledefaveri
(21) 98126-1919



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