O padrão de beleza inatingível
Temos visto muitas mulheres, homens e adolescentes esforçando-se para atingir um inatingível padrão de beleza imposto pelas mídias. Em uma sociedade democrática e capitalista, mulheres tornaram-se escravas da indústria da beleza e do desejo. Além disso, muitos homens também acabam se enquadrando na busca por esse padrão inatingível. Sempre idealizando as mulheres supostamente mais desejáveis ou através de um perfeccionismo com o próprio corpo.
Mas, a maioria das pessoas não consegue atingir esse padrão. Com isso, muitas pessoas, por estarem inconformadas com sua forma física, controlam alimentos que ingerem, para não engordar. Esta escravidão é horrível! Porque acaba com a autoestima, produz uma guerra contra o espelho e gera uma auto rejeição terrível.
O culto ao corpo está além da vaidade.
Os padrões de beleza impostos pela sociedade tornaram-se um pré-requisito para algumas mulheres se sentirem reconhecidas e notadas. E o desejo ultrapassa a questão. Já que a busca pelo corpo ideal e pelo desejo do outro pode colocar a saúde em risco. As pessoas que estão fora do padrão imposto, aquelas que tem um corpo saudável, e até mesmo as que já estão visivelmente em forma, nunca estão satisfeitas.
Por um outro lado, quem está acima do peso acaba sofrendo pela angústia de estar ainda mais distante do ideal de beleza, o que gera mais ansiedade e as faz comerem ainda mais. Até onde vamos chegar com essa busca incessante pelo corpo perfeito?! Uns vivem a privação do desejo, não se alimentam, outros recorrem às drogas/anabolizantes, cirurgias plásticas, dietas milagrosas entre outras coisas.
Atingir o padrão de beleza ideal é para o seu próprio olhar, ou apenas para o olhar do outro? A cisão entre corpo e mente, promovida pela sociedade ocidental e patriarcal, nos distancia de uma consciência integrada de nossas qualidades, potenciais e sentimentos.
É necessário que os cuidados com o corpo não ultrapassem os limites de uma busca saudável. Inclusive que seja atingível dentro da própria realidade. A autocrítica não pode ter uma enorme discrepância com a sua realidade. A auto imagem tem que ser condizente com o potencial de cada um. Só assim é possível alcançar objetivos de uma forma saudável e consistente, sem excessos,privações e radicalismos.
Para mais informações basta entrar em contato através do email: maria@papogula.com.br
Beijos,
Maria Rocha, Psicóloga Clínica